terça-feira, 30 de novembro de 2010

Minha Opinião

Então, quem foi que disse que eu não posso falar palavrão?
E aí? Quem foi que disse que eu não posso misturar as cores e fazer algo novo?
Qual é? Quem foi que disse que eu não posso chutar o balde e questionar um professor?
Quem foi que disse? É. Essa pergunta esclarece algumas coisas.
Por que eu não posso fazer algumas coisas, se Deus me deu o livre arbítrio? Sim! Deus me deu o livre arbítrio para que? Para eu não poder utilizá-lo por causa de leis? Não! Ele me deu o livre arbítrio para eu usá-lo e me responsabilizar por meus atos! Me deixem errar, porra!
Por que eu não posso chegar e dizer para um professor o que eu penso, sou obrigado a escutar e ser um simples jovem que pode ser influenciado? E agora a pergunta mais polêmica que eu poderia fazer: Por que diabos eu não posso questionar a existência de santos? De deuses? De qualquer coisa religiosa?
Hoje a minha professora de religião ensinou a turma sobre a páscoa, em três fases: a tribal, a judaica e a cristã, e quando falávamos da tribal, ela me vem com essa: Da onde que um círculo com sangue de ovelha vai proteger alguém? Ah, é assim então professora? Beleza, da onde que rezar todo dia vai proteger alguém? Da onde que uma cruz pode ser algo santo, se Jesus nela morreu? Da onde que ter imagens e correntes de santos e de deuses vai proteger ou trazer felicidade? As pessoas acreditam no que querem, e não, minha senhora, não cabe a nós querer mudar isso, se ela acredita que isso vá ajudar, que ela acredite, e você não tem nada a ver com isso!
O negro nem sempre é o mal, como o claro nem sempre é o bem, por que o mal é sempre negro e o bem sempre branco? Preconceito racial em histórias antigas? Pois o negro pode ser bom sim! Ouvi um amigo meu falar sobre uma aula que ele teve, onde o professor disse que o diabo era a razão e Deus a emoção, logo, se dá mal quem tem muita razão, mas por outro lado, quem tem muita emoção é pateticamente manipulável, pois se deixa levar.
“Faça o que tu queres.” Você sabe quem disse isso? Aleister Crowley. Sabe quem foi ele? Um cara que dizem ser satânico. Agora, esqueça a parte satânica e leia a frase. Faça o que tu queres! Revolucionário não? Faça o que tu queres é uma frase muito interessante, que parece se relacionar com grandes revolucionários, e então, a pessoa que falou essa frase é talvez satânica! Errada a frase? Não! Engulam essa baboseira de escuro errado, faça o que você deseja, não o que as pessoas impulsionam você a fazer.
Deus existe? Não sei, mas é uma boa pergunta. Jesus existiu? Não sei, não estava lá para ver, mas ele foi importante. Milagres existem? Sei lá, não aconteceu comigo. Eva nasceu da costela de Adão? Sim, claro, mas pera aí, o homem tem uma costela a menos? N-Ã-O! dã!
Beleza, agora questione, faça o que você quiser, seja correto, e lembre-se que isso não significa seguir a lei, pense mas, além disso, faça! O mundo não se restringe a emoção, os questionadores foram os melhores, Einstein, Freud, Da Vinci, todos! Eu tenho minhas questões, religião é opinião. Sou ateu? Não. Sou questionador.

domingo, 28 de novembro de 2010

Aika

“Branco, marrom e preto
três cores, um ser, um sentimento
Tão fofa, tão doce, tão leve
pelo macio, feito de neve
Só a vejo, eu só penso nela
estranho, ela não anda, desfila, a minha casa é uma passarela
Aika, ai caramba!
minha, nossa, linda cadela
Perfeição dês dos antepassados
a mais chique que já vi
cadela de madame
Pa-pa-pa, e tal, pedigree.
Eu estou com ela agora
e eu não fico sem
a cadela dos sonhos existe
e é minha, meu bem.”

Tropa de Elite 2

“Vida de polícia
o negócio não é brincadeira
às vezes mata pra viver
faca na caveira
Começo formando gente
pra depois ser general
posso tanto criar lealdade
como também um animal
Saber o que fazer
é um dom que nem todo mundo tem
21 anos e eu aprendi
que o certo nem sempre é o bem
Sistema? Máfia!
destruição em massa
Coração? Não!
mata sem permissão
As pessoas que estão por cima
matam as que estão embaixo
engravatado é o errado
e é isso que eu acho
Mato quem tiver que matar
corro contra o vento
eu faço o ilegal e que é correto
sou Roberto Nascimento
Já vi vários morrerem por fardados
mil vezes o padre rezou amém
é, o sistema é foda...
mas eu sou também.”

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

... (versão Den)

Eu não ia conseguir dormir aquela noite.
Simples, acordei hoje decidido a falar tudo que sentia, eu iria fazer isso, e não ia deixar que nada me atrapalhasse, nem Jake, o namorado dela.
Eu a persegui a manhã inteira, mas simplesmente não queria abalar aquela tranqüilidade que ela parecia sentir e a bombardear com as verdades do meu sentimento. Eu travei, me perdendo naqueles cabelos lindos e naquele corpo divinamente desenhado, eu a amava, e esperava que ela me amasse também, que sentisse meu abraço, que gostasse dos meus olhos azuis-esverdeados e que me beijasse finalmente...sonhos...nunca passarão de sonhos.
Então cheguei em casa frustrado comigo mesmo, nem toquei na comida, estava preocupado de mais pensando na minha falta de vontade, na minha vergonha, no meu medo, já dá pra imaginar o quão bom foi meu almoço hoje.
Então chega a tarde e eu me decido, minha amada Ashley Tokle chega e eu me perco em seu perfume, estávamos observando crianças à brincar...quer dizer, ela estava olhando, eu estava mais pensando em como dizer tudo pra ela, então pego sua mão e sinto a tensão presente em seu toque e seu olhar.
- Ash, eu...
  - Por favor não diga o que eu estou pensando que você vai dizer.
  - Não sei o que você está pensando e...
  - Por favor...
  - Eu preciso dizer, é importante.
  - Vai estragar tudo! Não!
  - Estragar o que?
  - Tudo, Den!
  - Eu vou falar.
  - Não vou ouvir.
Eu segurei suas mãos, ela tinha que me ouvir.
 - Agora você vai me ouvir, querendo ou não Srta. Tokle – ela odiava aquele sobrenome
  - Odeio meu sobrenome e você sabe disso.
  - E por que eu sei?
  - Porque você é meu melhor amigo e...
  - Sei o que você vai falar e não vou deixar. Olha, eu sei o que você sente pelo Jake, mas...
  - Por que você é meu melhor amiga não quero perder nossa amizade! - repetiu a frase, terminando-a dessa vez.
  - Não posso mais viver assim.
  - Não faça isso consigo mesmo Den, você sabe qual vai ser a resposta.
  - Tanto posso saber quanto não.
  - Você sabe.
  - Não sei.
  - Você sabe e eu não vou deixar você falar.
  - Querendo você ou não, eu vou falar.
  - Não!
  - Sim!
  - Não!
  - Sim!
  - Não!
  - Sim!
  - Nã...
  - Eu amo você Ashley Tokle.
  - Eu...Eu tenho que ir.
Ela saiu, e com ela levou meu coração, que simplesmente transbordou em lágrimas que caiam e pingavam, salgadas e carregadas de tristeza. Ainda fiquei lá mais uma hora, o tempo não me importava, o que realmente me importava era o amor de Ashley, eu só queria poder ficar com ela pra sempre, e não me importar com mais nada.
E agora estava eu, contemplando as paredes azuis do meu quarto, enquanto pensamentos rodavam em minha cabeça, eu senti que ela me amava, não iria desistir, mas ela não me queria, ela deixou isso bem claro, no fundo, eu sabia que nós tínhamos uma chance, tudo que eu consigo dizer é “eu te amo Ashley Tokle”, e só queria que ela dissesse “eu também te amo, Den”... sonhos são só sonhos, mas eu quero que o meu vire realidade, e vou lutar por isso.

...

Ela sabia que não iria dormir aquela noite. Simplesmente não iria conseguir dormir com todas aqueles pensamentos girando e se chocando na pequena cabeça de uma menina de 16 anos que havia descoberto algo que, estranhamente havia lhe deixado muito confusa.


   Estava tensa, seus braços e pernas estavam rígidos enquanto ela estava sentada no chão liso e frio de seu quarto. Respirou fundo e foi relembrando o que acontecera.
  A manhã havia sido tranquila, nesse momento ela gostaria de se sentir como se sentia  de manhã ao ir caminhando para o colégio. Sentia a brisa beijar sua face enquanto aquele aroma de primavera que se tornava verão invadia suas narinas e conseguia a levar dali, ela se sentia leve, sem nenhuma preocupação Sim, em uma questão de horas tudo havia mudado.
  O problema surgiu à tarde, quando foi falar com seu melhor amigo Den. Seu abraço a reconfortava enquanto se perdia nos olhos azuis esverdeados do garoto, não sabia o motivo, mas aqueles olhos a faziam girar até ficar tonta dentro de seus próprios pensamentos, era estranho, pois algo assim nunca havia acontecido com seu namorado Jake. Eles conversavam distraidamente enquanto observavam as crianças brincando no parque, quando Ashley sentiu um calor confortável em sua mão, ao olhar, viu a mão de Den segurando a sua e logo percebeu o que ele iria dizer:
  - Ash, eu...
  - Por favor não diga o que eu estou pensando que você vai dizer.
  - Não sei o que você está pensando e...
  - Por favor...
  - Eu preciso dizer, é importante.
  - Vai estragar tudo! Não!
  - Estragar o que?
  - Tudo, Den!
  - Eu vou falar.
  - Não vou ouvir.
   Ele segurou as mãos dela contra o chão de forma que  ela não poderia tampar os ouvidos.
  - Agora você vai me ouvir, querendo ou não Srta. Tokle
  - Odeio meu sobrenome e você sabe disso.
  - E por que eu sei?
  - Porque você é meu melhor amigo e...
  - Sei o que você vai falar e não vou deixar. Olha, eu sei o que você sente pelo Jake, mas...
  - Por que você é meu melhor amiga não quero perder nossa amizade! - repetiu a frase, terminando-a dessa vez.
  - Não posso mais viver assim.
  - Não faço isso consigo mesmo Den, você sabe qual vai ser a resposta.
  - Tanto posso saber quanto não.
  - Você sabe.
  - Não sei.
  - Você sabe e eu não vou deixar você falar.
  - Querendo você ou não, eu vou falar.
  - Não!
  - Sim!




  - Não!
  - Sim! 
  - Não!
  - Sim! 
  - Nã...
  - Eu amo você Ashley Tokle.
  - Eu...Eu tenho que ir.
  Ela se soltou das mãos do amigo, levantou-se e saiu sem olhar para trás, pois sabia que se olhasse iria ver as lágrimas nos lindos olhos que antes estavam iluminados.
   E agora ali estava ela olhando para o céu estrelado, absorta em seus pensamentos que giravam com uma força incrível a deixando cada vez mais confusa. Pensava em Jake, como gostava dele e os momentos que passaram juntos.Lembrava de Den com seus olhos azuis esverdeados que a faziam se perder, como ele fazia bem para ela e o quanto doía saber que tinha o magoado, mas na hora, não podia responder, se respondesse iria o magoar mais ainda, pois sabia que iria olhar fundo nos seus lindos olhos, esquecer o mundo em sua volta e dizer: EU TAMBÉM TE AMO DEN.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Cap. 14 - FIM

14
Tiago acordou, tomou café, tomou um banho e se vestiu nas mesmas roupas do dia anterior, mas desta vez se encharcou de perfume.

Ele sabia o que tinha que fazer, correu até a geladeira, pegou a bebida que Ádamo havia deixado e bebeu, pensando fortemente em Roma.
Dormiu, um sono absolutamente sem sonhos, mas com muita serenidade.
Quando abriu os olhos, estava em frente ao coliseu, feliz por ter conseguido chegar até lá em segurança. Ajeitou seu chapéu na cabeça, se cheirou para ver se o perfume continuava em seu corpo e seguiu para a gruta.
Só que dessa vez Tiago não entrou na abertura, seguiu subindo até o cume da montanha.
Quando chegou lá estava com o coração batendo muito forte, mas decidido.
E sem pensar de mais, Tiago pulou.
Pulou para o fim dessa vida, e para o início de sua eternidade, ao lado do amor de sua vida.
A perspectiva de encontrar Lílian e viver feliz para todo o sempre era tão feliz que nem notou quando seu corpo se chocou com o solo.
O coração de Tiago parou de bater, mas sua alma estava indo para o início de uma vida nova, uma vida com um amor, realmente eterno.


Fim

cap, 13

13
Tiago acordou naquele dia sabendo que aquele era o dia de sua grande decisão, se arrumou , arrumando seus cabelos, de modo a parecer mais sério, botou uma calça jeans e uma camisa social, um sapato e um chapéu e foi para sua faculdade, sabendo que morreria ao chegar lá, pois faltara muitas aulas.
Dito e feito, mal entrara na sala quando Bruna subiu em cima dele e lhe encheu de tapas.
- VOCÊ É LOUCO? RESOLVE NÃO VIR MAIS A AULA ASSIM? QUAL É?
- Desculpe Bruna, mas o assunto foi sério, de verdade, depois da aula vamos até minha casa. Precisamos conversar,
- Tá! – Bruna ainda estava vermelha de raiva
A aula foi entediante para Tiago, o que era espantador, por que ele amava biologia.
Quando o fim da aula foi anunciado Tiago foi até Bruna e os dois foram juntos para a casa de Tiago. Chegando lá Tiago contou toda a sua história, em detalhes.
- Você está falando sério?
Mesmo?- Bruna estava com uma cara de espanto
- Sim, é tudo verdade, e tem mais, tem uma parte da história que diz respeito a
você, minha amiga. No dia do trabalho, o das tulipas, você entrou em transe, e falou de um jeito estranho uma espécie de profecia, que dizia respeito a mim.
- Como assim? Mas eu não lembro de nada!
- Feche os olhos, Bruna, tente lembrar.
Bruna fechou os olhos e começou a pensar.
- Eu lembro, eu estou entendendo, minha mãe, minha avó, minha bisavó, toda minha família por parte de mãe era profeta!
- É, e você também é, e a sua profecia mudou minha vida.
- É muito bom poder te ajudar Tiago, mas e agora? O que você vai fazer?
- Eu vou fazer o que tem que ser necessário, agora, vá. Tenho que preparar os últimos detalhes, e depois de tudo feito, você terá uma surpresa.
- Está bem, Tchau
- Tchau – Tiago sabia que não era um adeus, e sim um até logo.

cap. 12


12

Tiago acordou no jardim de sua casa, com Ádamo deitado do lado.
Imediatamente os dois foram para cozinha, não comiam havia muito tempo e estavam famintos.
Após vários copos de suco e pequenos sanduíches preparados por Tiago os dois foram para o quarto de Tiago, pegaram o
notebook e foram para estufa. Tiago começou a escrever em seu computador, escrevia muito, muito. Quando ele enfim parou de escrever já eram três horas da madrugada. Já ia se virando para falar com Ádamo quando se deparou com um bilhete amarrado em uma tulipa azul.

“Meu amigo
            Sinto em ter que partir, mas minha missão aqui já foi cumprida, de espero com Lílian. Venha logo.
                                       Ádamo, seu eterno guia, companheiro e amigo”

Era triste ter que ir para a cama sem dar boa-noite para o melhor amigo, mas Tiago sabia que ele tinha que partir, e além do mais, eles já iam se encontrar.
Tiago acordou no outro dia já faminto e ansioso, tomou seu café e correu para o computador que estava na estufa, voltando a escrever.
ele escreveu muito, só parando para almoçar, tomar o café da tarde e jantar.
Essa rotina se estendeu por um mês, quando finalmente Tiago terminou o livro que estava escrevendo sobre a sua história com Lílian, e quando terminou seu testamento, deixando tudo que tinha para sua amiga Bruna, para o caseiro e sua mulher e pro seu cão.

Além da Vida

Estava eu em minha cama
pensando nela
ouvi um barulho esquisito
olhei para a janela



O que vi foi tão assustador
que não consigo explicar
era um anjo da morte
pronto para me levar


No momento em que olhei para ele
meu coração explodiu de dor
morri em silencio
fechei os olhos, era o terror


Simplesmente subi
de mãos dadas com o anjo
ele tinha asas, era forte e belo
tinha olhos de bebê, físico de marmanjo


Cheguei em um campo
lindo, flores em todo o lugar
vi um belo senhor
que começou a andar


Ele chegou em mim
e deu o sorriso mais lindo que já vi
o brilho era tanto
simplesmente não resisti, sorri


Você...você é Deus?
perguntei já sabendo o que ele ia dizer
sim meu filho,
e você acabou de morrer


Mas eu não quero morrer!
eu quero voltar!
não vou ficar aqui
comecei a recusar


Por que você não fica?
aqui é o melhor lugar existente
você não vê?
você não sente?


Pode ser o melhor para todos
mas não para mim,
o que? Você recusa ao céu?
como assim?


Não, meu Senhor
o senhor não entendeu
pois minha alma está aqui
mas meu amor não morreu


E não morrerá jamais
eu digo firme: vou voltar
minha alma pertence à ela
e ela sempre vou amar


Acordei com ela do meu lado
chorando e dizendo que nunca me deixaria
acalmei-a com meus beijos
nem a morte nos separaria

Amor à Primeira Vista

Era noite.
fazia frio nos campos verdes da linda cidade
ela estava entrando em depressão
ele lutando com os problemas da idade
Ele estava em uma árvore
ela correndo chorando para afastar o terror
ele só pensando
não sabia como era o amor
O vento frio açoitava os cabelos negros dela
e fazia ele se encolher
levou um susto imenso
um vulto lindo e de cabelos compridos começou a ver
- Ei, quem esta aí?
soluços e uma respiração ofegante como resposta
- Você está chorando, menina!
nada...mas ele percebeu que ela lhe dera as costas
Correu atrás, tentando entender
ela não queria falar, foi ríspida, ignorante
mas ele a agarrou
sentiu sua pulsação constante
Eles discutiram, discutiram de mais
ele não conseguia suportar ver ela chorar
ela tinha medo de relações
mas sentia que poderia confiar
-Espere, menina, vamos começar do zero!
- Está bem!
Meu nome é Katlyn, eu te amo
- Meu nome é Erik, eu amo você!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Cap. 11

11
Ele já estava absolutamente apaixonado pela mulher, mas apesar de todo esse Amor ele tinha muitas dúvidas em relação a sua história com ela.
- Acalme-se, meu amor, irei te explicar tudo agora. – Tiago já havia esquecido que a mulher lia seus pensamentos – sente-se.
Tiago se sentou no chão encostado na parede do lugar, que parecia uma caverna. A mulher sentou-se à sua frente.
- Vamos começar com uma pergunta – disse a mulher – Qual o nome deste lugar?
- Caverna dos Espíritos – as palavras saíram da boca de Tiago, mas ele não entendia, ele nunca estivera ali e sabia o nome do lugar.
- Feche os olhos, tente lembrar de tudo, e vá falando.
Tiago fechou os olhos instantaneamente começou a falar.
- Um homem alto, forte, com cabelos louros e espetados, ao lado de uma mulher com olhos verdes e cabelos marrons, eles estão entrando na caverna, a mulher vai falando um pouco da história do lugar, e o homem parece já saber, eles vão falando que a Caverna dos Espíritos é o único lugar onde os espíritos podem se encontrar com seres humanos, e só seres humanos com um grande amor no peito podem achar esse lugar.
- Isso mesmo, nós éramos tão jovens....- a mulher parecia sonhadora
- Como?
Nós?
- Sim, nós em uma de nossas vidas.
- Espere! Tudo faz sentido agora! Nós fomos o casal da serenata, da tulipa! E nós fomos...não! Nós fomos
Romeu e Julieta?
- Não! Claro que não – a mulher sorria como se estivesse muito feliz – Romeu e Julieta é uma história criada, a nossa história foi mais que isso, ela foi vivida, e vivida intensamente. Naquela época nossos nomes eram Maria e Paulo.
- Isso é muito confuso!
- Você vai entender, agora é minha vez de contar uma história. – a expressão da mulher passara de um alegre sorriso para uma cara triste, com saudade. – Na nossa vida passada, houve uma guerra, uma terrível guerra, onde espíritos como Ádamo foram presos, e naquela guerra eu descobri minha verdadeira identidade, eu era filha de uma deusa. A deusa do amor. E isso me custou caro, quando descobri quem era minha mãe, ela me notou, e percebeu que eu estava apaixonada por um homem simples, que pra ela, não estava a minha altura. Veja bem, por mais que ela seja a deusa do amor, quer que eu
ame quem ela achar melhor, quem me merecesse. E ela me puniu, me proibiu de voltar à vida, e agora eu sou um espírito, que não pode partir pois está preso entre céu e a terra, está preso por um amor que não se concretizou. O nosso amor.
- Mas como fazer para ele se concretizar?
- Você sabe, no fundo, você sabe.
Tiago pensou por um minuto e disse:
- Sim, eu sei, Lílian, meu amor.
Ele sabia o nome da mulher! Essa idéia era esquisita, ele sabia o nome dela, mas nunca soubera da sua existência, só depois do primeiro sonho!
- São as lembranças aflorando, Tiago, agora, aproveite meus últimos momentos materiais, eu estou sólida – e sorriu.
Tiago nunca havia beijado ninguém, e, sem dúvida, aquela foi uma experiência maravilhosa, o frio que tinha na caverna pareceu sumir, ele parecia levitar, aquele foi o melhor momento de sua vida.
Quando enfim se separaram, a caverna estava cheia de tulipas azuis.
- Como nós gostamos não é? – Tiago estava rindo à toa
- Sim, como nós gostamos. – A mulher ria, mas parou para continuar, mais séria – e, meu amor, qual será sua decisão?
- Você já sabe, mas antes, quero fazer uma última coisa.
- Está bem, esperei todos esses anos, posso esperar mais. Agora, adeus.
- Adeus.
Tiago voltou à Roma com Ádamo, os dois falando sobre como a vida era bela e coisas do tipo, Tiago estava muito feliz, mas sem saber por que, resolveu tirar uma pequena dúvida.
- Ádamo, aquela poção doida que você me deu, ela me trouxe
magicamente para cá não é?
- Sim, você não ficou bravo né? – ele estava apreensivo
- Não, meu velho amigo, certamente que não. Mas e aí, eu preciso voltar à minha casa, quero fazer algumas coisas.
- Sim, claro, tome aqui- e estendeu a bebida para Tiago.

Cap. 10

10
Tiago passeava pelas belas ruas de Roma, maravilhado com a beleza da cidade, ela trazia marcas de sua antiga formação econômica e social. Visitou o coliseu, alguns museus e algumas lojas. Mas o que realmente impressionava Tiago era a sensação que ele tinha de que já havia visto tudo aquilo, e pior, que sabia um pouco da construção de cada local.
- Estranho...Sabe, Ádamo, parece que já estive aqui, eu conheço esse lugar como a palma de minha mão, mas tenho certeza de que nunca havia estado aqui, de fato! – dizia Tiago, assustado.
- E você esteve, meu senhor, em outra vida.
-Ainda não consigo acreditar nisso...
Tiago andava por vários lugares, mas sem rumo certo, ele simplesmente andava e via a beleza da cidade, ele parecia não se cansar.
- Meu senhor, eu peguei um pouco de dinheiro no cofre de sua casa. – Disse Ádamo ao entrarem numa loja de perfumes.
- Mas você não sabe a senha, como conseguiu entrar no cofre? – Tiago não gostava que mexessem em seu cofre
- Bem...eu te conheço o bastante para saber que a senha é
tulipas azuis. – Riu-se Ádamo
- Tá legal, mas não faça mais isso! O que você quer? – Tiago percebera o olhar de pedido que a criança faz quando quer um presente estampado no rosto fantasmagórico porém sereno de Ádamo.
- Bem...apesar de nós, espíritos do amor, sermos
espíritos,  nós gostamos e podemos pôr perfume...
- Você quer um
perfume?
- Sim, um perfume que me lembre o cheiro dos antigos campos.
- O.k.
Saíram de lá com o melhor perfume da loja, Ádamo agradecendo a todo instante.
Mas ao passar por uma rua estreita Tiago teve a estranha sensação de que devia seguir por ali.
- Ãhn...Ádamo, acho que devemos seguir por ali...
- Sim, é claro! Você se lembra do caminho!
Tiago não sabia o que aquilo significava, mas seguiu confiando em seus instintos e rumando para algum lugar.
Caminharam sem parar até Tiago se deparar com um lugar que parecia sair de Roma, e talvez tivesse saído mesmo. Era como uma montanha, muito alta, com uma “entrada” na parte mais alta, onde os olhos de Tiago mal conseguiam ver.

Tiago resolveu lanchar antes de subir a montanha, comeu um sanduíche, tomou um suco e começou a subir. Subiu, subiu, mas o lugar parecia cada vez mais longe. Ele sentia que devia seguir, sentia que algo muito bom estava lá em cima, e isso se confirmou quando ele finalmente “entrou na montanha” e se deparou com a mulher de cabelos louros. A paixão de Tiago.

Cap. 9

9
Tiago mal acordara e Ádamo já foi perguntando.
- E aí? Como foi?
- Como foi o que? –Tiago se fez de desentendido
- O sonho né !
- Ah, claro, como foi o sonho...não foi nada ué, ela me falou algumas coisas, explicou outras, só isso, nada de mais!
- Hum... então tá, posso usar a sua cozinha?
Tiago ficou meio espantado com a pergunta, mas mesmo assim conseguiu falar alguma coisa parecida com um
ãhn...claro.
Apesar de Tiago já confiar em Ádamo, foi conferir o que ele estava fazendo na cozinha de sua mansão.
Ao chegar lá viu nuvens de fumaça multicoloridas saindo de algumas panelas que transbordavam uma espécie de espuma.
-
Que diabos é isso aqui? – Perguntou
- Oh, nada, só uma poção para a nossa viagem.
- Hã? Quê? Viagem?
- É, vamos para Roma !
- Como assim, “vamos para Roma?”
- Lá você entenderá e lembrará de muitas coisas.
- Tá legal, mas quando que nós vamos?
- Beba isto – Ádamo estendeu um copo com a mistura dos líquidos da panela, a bebida tinha uma cor rosada e um cheirinho de flor
Tiago bebeu tudo rapidamente, e antes de poder perguntar algo já tinha pegado no sono novamente.

Estava em um lugar bonito, de mãos dadas com a mulher de cabelos louros, eles caminhavam alegremente sem rumo nenhum, estava simplesmente curtindo o prazer do amor. Tiago se posta na frente da moça e lhe dá um beijo, um calor gostoso se espalha por todo seu corpo, mas aos poucos tudo vai sumindo....
Tiago acorda sabendo que a mulher não havia plantado aquele sonho, ele sonhara sozinho, estava apaixonado pela mulher.
Mas nem teve tempo para pensar muito, pois Ádamo já estava levantando Tiago e dizendo:
- Bem-vindo à Roma, meu caro!

Cap. 8

8
Como Ádamo tinha previsto, Tiago estava mais uma vez em um sonho, num grande campo de tulipas, como da ultima vez, só que agora a mulher estava a sua frente, e com uma expressão de satisfação no rosto.
- Muito bem, meu amor, pelo visto você, sem querer, descobriu como tirar Ádamo daquela prisão.
- É, tive sorte
-
Sorte? Você acha mesmo que eu não estava ali para conduzir a medalhinha para as tulipas?
- Ah é, esqueci que você costuma interferir na minha vida – aquilo soou mais grosseiro do que ele queria que fosse, e ao perceber a feição chorosa que estava estampada no rosto da mulher, foi logo se desculpando – desculpe, não quis ser grosso, só que às vezes isso é estranho.
- Eu sei, mas esqueça isso, venha cá, me dê um abraço, pelo menos um abraço.

Tiago não tinha como negar, se aproximou e abraçou a mulher. Nunca havia sentido nada como aquilo, ele estava com as pernas bambas, o perfume da mulher era divino, e talvez divino mesmo, já que ela era filha de Afrodite. Todo seu corpo tremia, mas ele não queria largar a mulher nunca.

Quando enfim se soltaram, tudo ficou embaçado, mas não era o fim do sonho. Agora Tiago via imagens difusas na névoa, um homem alto e com uma imensa barba fazendo uma serenata. Um homem loiro e baixinho dando uma tulipa para uma moça um pouco mais alta que ele. Mas o que impressionou foi a cena de um homem morto, com uma faca no peito, e depois a mulher pegando a faca e se matando também, Romeu e Julieta? Achei que isso era uma peça de teatro e um livro, por que estou vendo isso? – pensou Tiago.Mas com a velocidade que as imagens apareceram, elas se foram, e tudo voltou a normal, Tiago estava em seu quarto, com a cabeça explodindo, e com Ádamo, seu guia-espírito, do lado.

Texto Macabro

um hospital chamado SDN estava passando por sérios problemas. Haviam pessoas morrendo por falta de sangue, e as bolsas de sangue estavam sumindo.
Sim. Algo de muito estranho estava acontecendo, e o suspeito estava na equipe médica do Dr. Hift. A equipe era constituída por Lara, Josh, Erick, Cadralu (ele gostava de ser chamado assim, apesar de poucas pessoas gostarem desse nome), Belinda, Cromweath e Marrie.
Desses suspeitos só dois não eram nem falados: Lara e Cadralu.
Eles eram os melhores médicos da equipe e com certeza tinham muito potencial.
Os furtos de sangue já estavam acontecendo a aproximadamente dois meses, e não dava mais pra ficar assim. O culpado tinha que ser punido.
E no dia 24 de agosto daquele ano Josh foi encontrado na sala onde ficavam as bolsas de sangue com uma bolsa de tamanho grande nas mãos. Ele parecia estar em transe, mas quando percebeu que fora visto fez a única coisa não aconselhável a se fazer: ele correu. Mas ele não correu pra fugir, ele correu em direção a Hift e chorando, gritando palavras estranhas como se estivesse sendo exorcizado, e dois segundos depois desmaiou, acordando 4 horas depois como se não estivesse lembrando de nada, sua cara flácida estava vermelha e ele tremia como nunca. Mas não havia como escapar. Ele era o culpado. Josh foi preso.
Mas aí veio uma nova onda de mortes e furtos, e agora as mortes eram também de outras equipes médicas, haviam pessoas morrendo por falta de sangue em todos os lugares do hospital. O que aquilo queria dizer? Que Josh era inocente? Que Josh tinha um cúmplice, as perguntas continuavam, mas ninguém sabia o que fazer.
Até que chegou o dia 14 de setembro, e Lara acabou vendo a cena mais horripilante do mundo: Cromweath estava em uma sala do hospital com Marrie, Belinda e Hift simplesmente abertos. Sim, abertos. Seus órgãos à mostra e Cromweath rindo como um psicopata.
Lara gritou e Erick chegou correndo, apesar de apavorado, ele conseguir chamar os seguranças que com esforço conseguiram prender o jovem psicopata Cromweath.
O hospital estava falindo, poucas pessoas estavam lá, e as que estavam, estavam horrorizadas e com medo de algo acontecer. Mas os roubos haviam parado, e a equipe que agora era de Erick estava trabalhando com uma eficiência bárbara.
Outubro estava terminando e os roubos eram raros.
31 de outubro, dia das bruxas. Lara, Erick e Cadralu se reuniram na casa do “homem com nome esquisito” (pelas costas, ele era chamado assim).
O anfitrião deixou os dois convidados sozinhos e foi pegar as bebidas, quando chegou Lara e Erick estranharam, pois Cadralu estava trazendo uma bebida vermelha, vermelha como sangue.
Ele ria alto e maleficamente, de modo que Lara e Erick estavam com muito medo.
Suas palavras soaram altas na pequena sala – Vocês acham mesmo que os idiotas iam fazer tudo isso? Fui EU, EU roubava sangue e matava esses mortais idiotas! Como vocês não percebem, seus humanos tolos! Eu sou muito mais inteligente que vocês, oh, coitados. – E assim era o fim de mais duas vidas, Lara e Erick se foram pelas presas de Cadralu, o vampiro do hospital. Ele manipulava as pessoas para que fizessem coisas que não queria, ele bebia sangue e matava. Ele era realmente um vampiro macabro. Não era à toca que seu nome, se embaralhado, forma a palavra DRACULA.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Cabelos Brancos

“Cabelos brancos
são mais do que fios com aquela cor
cabelos brancos
são marcas do amor
Quando me vejo rodeado de pessoas
que na cabeça cabelos brancos tem
tenho absoluta certeza: aqui estou bem
Cabelos brancos são mais
muito mais que marcas do envelhecer
cabelos brancos são experiência,
eterna vontade de aprender
Espero aprender,
como vocês um dia ficar
descobrir a minha vida
simplesmente amar
E quando cabelos brancos tiver
espero escrever e ensinar,
aprender e viver
ver beleza no respirar
Escrevo com o coração
Boto sentimento o papel
espero mesmo ter cabelos brancos
e ser, talvez, doce como mel
puro como a flor
horas aqui se passam
e só aumenta meu amor.”
Compus esse poema num local maravilhoso, chamado POESIA AO ENTARDECER, que foi realizado na LIVRARIA ACADEMICA

Eu não consigo parar de escrever pra ela

Eu te amo meu amor
eu te amo hoje como se fosse a primeira vez
te amo em três tempos: ontem, amanhã, e sempre
eu te amo mais do que qualquer uma
Mas sinto que você duvida
sei que você duvida
e infelizmente isso me tira o brilho dos olhos
me deixa imensamente triste
falo agora de um jeito refinado pois é assim que me expresso
mas é verdade
a sua dúvida é o meu sofrimento
Como pode-se duvidar de uma coisa tão óbvia
eu só penso em você, só olho pra você, eu sinto você
mas e aí?
você ainda acha que a qualquer momento eu posso sair correndo e esquecer-te
Te digo: não, isso não vai acontecer
por mais que você duvide
eu te amo de verdade
por mais que você não acredite
não quero mais ninguém, não preciso de mais ninguém
se eu tiver você aqui meu mundo já está perfeito
E de tudo que eu poderia te falar
nada consigo, simplesmente não sai
à você, Bianca, devo todos os poemas
todas as flores, todas as palavras
a lua, as estrelas,
à você, devo minha vida
mesmo sabendo que nem isso fará você parar de duvidar
Se as palavras tem poder
que essas te toquem
e você não duvide mais, nunca mais, pois a maior verdade entre nós
é que eu te amo, Bianca Cordazzo.

Guerra do Amor

Dois lados
opiniões diferentes
sentimentos dispersos numa brisa constante
palavras, berros, sussurros não se diferem
aqui não há vencedores
só dois lados que perderam
ou melhor, que se perderam
Alto, baixo
pequeno, grande
branco, preto
simples e furiosamente opostos
essa é a guerra, meu amor
mas nesta guerra, os opostos se atraem
As opiniões diferentes são uma amplitude
os sentimentos dispersos são esse amor jogado ao vento
palavras, berros e sussurros não se diferem pois um só vê o outro
só há dois lados que se perderam...
diferenças de mais
opostos de mais
os opostos se atraem, com doçura e louvor
pois esta, querida,
é a guerra do amor

Escrevo

Escrevo por que penso
escrevo por que minto
escrevo por que fico tenso
escrevo por que sinto
Escrevo de mais
escrevo sem medo
quando escrevo tudo se desfaz
tudo se leva com o vento
Escrevo sobre amor
pois me sinto o único que consegue escrever
mais que isso,
sou um dos poucos que consegue ver
Escrevo pela minha paz
quando escrevo minha “aura” fica docemente branca
escrevo de amor. Por, para, e sempre
pra você, Bianca

Mais uma de amor...Mais uma de amor pra você

“Meu coração bate forte
eu penso no teu abraço
eu vou sentir saudade
não sei o que eu faço
Não vou te esquecer jamais
a eternidade ao seu lado passarei
você é minha vida
nos teus braços a vida eu achei
Sua boca, seus olhos
sua fala, seu calor
eu me sinto bem cada dia
só por dizer: meu amor
Eu te amo hoje
e pra sempre te amarei
por várias eu sorri,
mas só por você eu chorei.

Eu te amo...

“Um eu te amo sem olhar nos olhos...não é um eu te amo
um eu te amo escrito ou digitado...não é um eu te amo
um eu te amo dito sem sinceridade...dói como um eu te odeio
um eu te amo em sussurro...arrepia como a brisa do mar
um eu te amo, quando dito... trás uma belíssima sensação
um eu te amo...um eu te amo traduz o coração
um eu te amo, depois um beijo...cena perfeita
um eu te amo pra você...pouco pra traduzir o que sinto
e disso tudo, meu amor, só posso tirar uma coisa: eu te amo”

Doença


“Pleno domingo
 sem nada pra fazer
parece normal
mas, meu amigo, se fosse você...
A saudade corrói seu corpo
destrói sua cabeça
acaba com sua vida
só nela ele pensa
Há há há !
o riso soa delinqüente e doentio
está fazendo calor
mas ele sente frio
Sua amada está a horas de onde ele está
ele se sente isolado num mundo sem inocentes
preso em uma camisa de força imaginária
ele não faz nada, está doente
Pode dar medo
pode não ser nada a ver
mas quem foi que disse
que a saudade uma doença não pode ser?”